Aprovado Plano de Actividades e Orçamento da APR para 2012 Versão para impressão
Quarta, 28 Dezembro 2011 15:08

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A Assembleia-Geral da APR aprovou no passado dia 20 de Dezembro o Plano de Actividades e Orçamento da Associação para o ano 2012.


Esta Assembleia, que decorreu nas instalações da APR, contou com a presença e representação de vários operadores de radiodifusão associados na APR.

Ambos os documentos foram aprovados por unanimidade, sendo que poderão ser consultados por todos os associados no sítio electrónico da APR em www.apradiodifusao.pt.

De acordo com a análise da situação feita pela Direcção, em 2012 continuará a aplicação do plano de recuperação económica, segundo o memorando de entendimento estabelecido com a chamada “Troika”, estando prevista a diminuição da despesa do Estado, nomeadamente, com a redução dos salários da função pública e das pensões de reforma e o aumento da receita, através do agravamento fiscal.

Nestas circunstâncias, irá diminuir o consumo interno e o eventual aumento das exportações não será suficiente para permitir o crescimento da economia, será pois um ano de recessão económica.

A actividade das empresas será fortemente afectada, com principal gravidade para as de menor dimensão e recursos, como é o caso das empresas de radiodifusão.

Ainda que, de uma maneira geral, no ano anterior, a queda das receitas de publicidade, no sector, não tivesse sido tão gravosa como inicialmente se previa, a tendência de queda manter-se-á, sendo este ano seguramente pior.
Situação que se agravará em todo o sector da comunicação social com o efeito cascata causado pela privatização de um canal público de televisão.

A queda de receitas será particularmente penalizante nos mercados de proximidade, podendo, ao longo do ano, verificar-se situações de ruptura financeira, por parte de alguns operadores.

A radiodifusão sonora continuará ameaçada pela concorrência de outros meios, ainda que também estes sintam o efeito da crise, o que pode dar algum (pouco) descanso ao sector.

Nesta situação de dificuldades e ameaças pela concorrência, as rádios devem dar particular atenção àquilo de que mais necessitam, a saber: atenção e publicidade. A primeira por questões de notoriedade – sempre em risco por acção dos novos meios – e a segunda por uma questão de sobrevivência.

A necessidade permanente de investigação e desenvolvimento de novas técnicas, meios e procedimentos, apesar das dificuldades, não pode ser descurada.

Sem que se espere novidades positivas da parte dos órgãos do poder, será importante que o sector não seja colocado perante medidas negativas. Assim, sem abandonar a possibilidade de conseguir algumas medidas de efeitos positivos, o sector deve concentrar-se, sobretudo, no sentido de evitar novos constrangimentos e dificuldades à sua actividade.

Face a este enquadramento, foram definidos para o próximo ano os seguintes objectivos:

- a importância das quotas dos associados não deve sofrer qualquer alteração;

- deverá procurar contrariar-se a tendência de descida da receita proveniente das quotas dos associados;

- continuar o esforço para captar novas receitas, através de novos serviços, iniciativas inovadoras e de novos associados;

- actuar com bastante incidência, nas seguintes áreas:
. Notoriedade das rádios, principalmente das de proximidade;
. Aumento das receitas de publicidade;
. Investigação e desenvolvimento.

- promover acções de ajuda e socorro aos associados que, de uma forma geral, consistirão num rigoroso levantamento de dificuldades, reuniões de proximidade e apoio individual às rádios necessitadas;

- continuar a reivindicar junto dos órgãos do poder, os seguintes pontos: revisão do sistema de incentivos; possíveis alterações legislativas, de vários diplomas legais; o Dividendo Digital; o cumprimento da Lei, respeitante à distribuição de publicidade do Estado; a antecipação da aplicação da Lei da Rádio, no que respeita ao aumento de cobertura das rádios locais, nas Regiões Autónomas;

- dar continuidade à elaboração de uma proposta de certificação do cumprimento das várias conformidades regulamentares, em sede de auto-regulação;

- promover uma reflexão sobre a gestão de talentos, na área de recursos humanos e sobre formação profissional.